terça-feira, 24 de maio de 2011

Desfasamento, a confirmação

Pois bem, não me enganei de todo nas últimas palavras que aqui escrevi.

Hoje mesmo veio a público um (no meio de tantos) vídeo de acto bárbaro e repugnante. A violência entre jovens é uma realidade latente, ignorada pelas autoridades, que afirmam pouco ou nada poder fazer contra ela.

Talvez seja melhor questionar o que é que as autoridades podem REALMENTE fazer pelos cidadãos. Se para um dirigente de qualquer tipo de organismo, temos um aparato policial que não há memória; para um cidadão "normal", temos o coração nas mãos, para que nada nem ninguém duvidoso repare que ali estamos.

No fundo, este problema pode ser abordado pelos dois posts que coloquei anteriormente. Mas foquemo-nos no segundo: os problemas da educação, em Portugal.

Ora os jovens participantes no vídeo, que doravante designarei por "aberração", são elementos que participam no Fórum Social, quando deveriam estar TODOS (agredida incluída), no Fórum Escolar.

Exemplos há, suficientes para mostrar que, hoje em dia, tudo serve para picardias entre jovens. Essas conduzem a repetidas assistências de vídeos prefixados por "aberração". Ficamos horrorizados, pasmados, revoltados e assustados que o mesmo aconteça com entes mais próximos.

Pelo que escrevo, qualquer leitor se apercebe que não consigo pensar sequer em colocar, sobre a Sociedade, o peso da responsabilidade. Incuti-la é perder tempo. Falar dela é inútil. Infelizmente.

Então passe-se para o nível seguinte. Já que está na moda o açambarcamento de receitas fiscais, porque não introduzir uma nova fonte de receita, menos progressiva e mais retaliativa.

Passo a explicar, de forma muito simples: cada vez que um educando falta deliberadamente a uma aula, sem justificação credível, apresentada junto da sua Directora de Turma, acciona-se um mecanismo de penalização monetária, por via de multa, cujo valor deveria ser necessariamente elevado (ou função do rendimento familiar), de forma a desincentivar a falta de comparência. O ensino não-superior é obrigatório. Chega de brincar com o sistema.
Para os interessados, posso esplanar este tema num post futuro.

Não sou revolucionário, não sou pró-"salazarento", sou sim contra a libertinagem crescente da Sociedade e contra a inexistência de mecanismos eficazes que minorem os efeitos e/ou existência destas aberrações.

E não, não apelo aos mecanismos que se relacionam com o uso da força. Até porque seria ridículo estar a mostrar a minha repugnância contra a violência, apelando a maior violência.

Se muitos defendem que, nos dias que correm, tudo tem um preço, pois fixe-se um "preço" para aquilo que é essencial: A SEGURANÇA DE TODOS.

Para que conste, sendo condição sine qua non: quem não tem dinheiro, não tem vícios (e tantos vícios que há por aí...)

1 comentário: